Após cinco anos, mais lojas estão abrindo do que fechando

Outro sinal que mostra a melhora na economia são as vendas no comércio que cresceram mais de 6% em 2017.

A retomada do varejo começou timidamente no final de 2016. Agora, já é fato: as vendas no comércio em todo o Brasil cresceram mais de 6%, em 2017. Pode parecer pouco, mas já deu um fôlego.

A empresária Perla Goldzac, por exemplo, desde agosto de 2015, no auge da recessão, apostou no otimismo e em várias estratégias para manter o negócio de acessórios, como manter preços competitivos, qualidade e bom atendimento. Quase três anos depois, ela sobreviveu à crise.

A loja de Perla fica na região do Bom Retiro, conhecido polo de moda de São Paulo. Em 2015, o cenário lá era desolador: lojas e mais lojas fechadas. Hoje a realidade é outra. Tem muito ponto sendo reformado. E muitas placas de “contrata-se”.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, o bairro de Moema foi o que mais abriu novas lojas em 2017. Foram 96 no total. O bairro do Bom Retiro ficou em segundo lugar, com 67 novos estabelecimentos.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, Nelson Tranquez, explica que desde o final de 2016 e começo de 2017, a região tem uma recuperação lenta e gradual, mas que já saiu do negativo e daquele período difícil desde o segundo semestre de 2013.

Já o economista da Fecomercio de São Paulo, Altamiro Carvalho, atribui a uma conjunção de fatores como condições trabalhistas melhores, inflação em queda e controlada e queda no preço dos juros e dos aluguéis. Isso, segundo ele, fez com que esse momento se tornasse mais adequado para o varejista investir.

Abrir uma rede de franquia de sapatilhas foi a saída que o empresário Eucalildes Souza encontrou em 2016 quando ficou desempregado. A primeira loja foi em Santo Andre, no ABC Paulista. Ano passado ele inaugurou mais três unidades também em São Paulo e este ano a quinta em Fortaleza. Souza investiu 700 mil reais e não revela o faturamento. Mas a rede estima que cada unidade fature entre 85 mil e 150 mil reais por mês.  A expectativa dele é até 2020 ter 10 lojas.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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