Como escolher seu candidato para eleição 2018

Mesmo após várias eleições, ainda há pessoas que não pesquisam os antecedentes do candidato, baseando-se apenas em propagandas eleitorais e discursos. É importante que os cidadãos se atentem e saibam que atualmente, com toda evolução tecnológica que dispomos, há várias maneiras de pesquisar sobre a vida de um candidato, para então exercer sua verdadeira cidadania de forma consciente.

De antemão, o eleitor precisa evidenciar quais são os valores e virtudes que espera do seu candidato. Boa parte das vezes, o cidadão espera do político, que este compartilhe dos mesmos valores que os seus, ou seja, um espelho das suas idealizações na sociedade, das carências. Na maioria das vezes escolhemos um candidato por afinidade, àquele que se assemelha a nós mesmos.

Não obstante, para saber o que o candidato pensa, o eleitor deve procurar averiguar a carreira dele enquanto político e também antes disto, o compromisso profissional, seu histórico de vida, sua ética e condutas na sociedade. Pois, para além do discurso, é necessário descobrir o que foi feito, posto em prática, o que foi executado, quais foram as suas ações. Discursos meramente ditos, sem práticas, só servem para iludir pessoas pouco instruídas, que não buscam informações acerca daquele político. Como mencionado, é necessário saber o que foi feito, o que não foi feito, e também, o que foi feito de errado.

 

A LEI DA FICHA LIMPA

 

Partindo do entendimento que um candidato que já fez várias ações que o julgassem como corrupto, o faz ser um candidato duvidável, surgiu a necessidade da criação de uma lei que preservasse candidatos que tenham “ficha limpa” para se candidatar. A lei da ficha limpa (lei complementar nº 135/10) é a lei que definiu em quais situações um candidato é inelegível, ou seja, quando ele não pode ser candidato nas eleições, se já praticou atos de corrupção ou não. Quem não cumpre os requisitos ou tem a candidatura não aprovada pela Justiça Eleitoral é chamado de “ficha-suja”.

Essa lei alterou a lei complementar nº 64/90, conhecida como lei da inelegibilidade, o que tornou mais rígida a candidatura de alguns políticos. Em contrapartida, a lei não tem eficácia total para evitar que alguns candidatos ficha suja possam se eleger, mesmo que condenados, fato este que já ocorreu em alguns estados.

Ainda que deste modo, a lei ajuda o eleitor, que poderá consultar a vida pregressa de seus candidatos, a partir das certidões criminais que estão disponíveis em aplicativos e sites na internet, e conscientizá-lo à uma escolha correta.

 

COMO VERIFICAR A FICHA DO CANDIDATO

 

Com a lei, foi possível a criação de sites e aplicativos que facilitem a vida do cidadão em época de eleições. Desta forma, fica mais fácil exercer a democracia de forma justa e consciente.

Site

Há alguns sites que disponibilizam informações de candidatos tais quais o www.fichalimpa.org.br e www.fichalimpaja.org.br. Nestes sites, os candidatos devem apresentar certidões que comprovem que não foram condenados pela Justiça. E há também o site oficial do Tribunal Superior Eleitoral, no qual por meio do link  “Divulgação de Candidatos” é possível verificar as certidões criminais dos candidatos, que estão à disponíveis para acesso do eleitor.

Aplicativos

Além dos sites mencionados, há também aplicativos para celular. O mais popular, lançado em abril deste ano de 2018, pelo famoso site “Reclame Aqui”, chama-se “Detector de Corrupção”. Nele, a partir do reconhecimento facial, é possível listar processos e condenações contra políticos.  Ou seja, se você usar seu celular e capturar a foto de um candidato – seja presencialmente, por cartaz, ou reprodução de imagem – o aplicativo faz o reconhecimento facial, e traz o nome e todas informações necessárias sobre aquele político.  O banco de dados abrange diversos, se não, todos os cargos políticos.

Caso tenha dúvidas quanto às suas escolhas deste ano, não deixe de checar os antecedentes do seu candidato, opções para isso não faltam. Exerça sua cidadania, pois além do seu futuro, estará decidindo o futuro da sua cidade, estado e país.

 

FONTE: TSE, O Globo, Uol