GREVE DOS CAMINHONEIROS COMPLETA 10 DIAS

Com a greve, o abastecimento em Itabuna está cada dia mais comprometido e muitas pessoas tem se aproveitado desta realidade.

Completando 10 dias de mobilizações, caminhoneiros seguem com a greve que visa diminuição dos tributos sobre o diesel e tabulação dos preços do frete. Com ajustes no valor do combustível quase que diários, gerou insatisfação por parte da categoria de caminhoneiros que iniciaram as primeiras paralisações de atividades no dia 21 de maio, bloqueando algumas pistas e também não permitindo a passagens de demais caminhoneiros, mesmo que não estivessem aderindo à greve.

MOBILIZAÇÕES

Tais medidas, por mais que julgadas radicais, refletem a insatisfação não só da categoria que teve a iniciativa de reivindicar, mas também, de toda a população que sofre com os aumentos abusivos do combustível.  O Presidente Michel Temer apresentou algumas baixas de preços para tentar entrar em concordância e negociar com os caminhoneiros, porém sem sucesso. As medidas foram consideradas pouco significativas.

A Greve acontece a nível nacional e desencadeia não só motivações econômicas, mas também políticas e sociais.  Com a paralisação de atividades dos caminhoneiros, fica evidente a relevância da profissão que muitas vezes é desvalorizada, pois são eles os responsáveis por todo e qualquer tipo de abastecimento das regiões do país.

ABASTECIMENTO NA CIDADE

Em Itabuna, a situação não é diferente do que acontece no resto do país. Desde o quinto dia de greve os primeiros reflexos mais efetivos da paralisação dos caminhoneiros se mostraram presentes e foram agravando conforme os dias foram avançando.

Combustível

Hoje, a situação mais precária de abastecimento refere-se aos combustíveis nos postos. Todos os postos da cidade ficaram zerados por dias – exceto eventualidades de abastecimento que duraram apenas algumas horas em postos específicos – ocasionando filas enormes de motoristas na esperança de conseguir alguns litros limitados de combustível. Muitos são os motoristas que preferem optar pelo álcool por estar com preço um pouco abaixo do que a gasolina, que em média tem variado na cidade de R$ 4,50 chegando a custar R$ 5,10 – o que é considerado abusivo e crime, refletindo o quanto alguns empresários e comerciantes tem se aproveitado da situação de caos para lucrar.

Água

O abastecimento de água potável também encontra-se comprometido na cidade. Com isso, algumas distribuidoras também estão cobrando mais caro na água potável. Antes um galão de 20 litros costumava custar 6 reais, hoje, de 8 a 10 reais – isso quando há água a ser vendida.

Outro problema no que se refere à água é no abastecimento das residências. Nos últimos dias o prefeito Fernando Gomes anunciou que a Emasa está ficando sem o produto responsável pela limpeza e tratamento da água que é distribuída nas residências. Com isso, o mesmo afirmou que é questão de tempo para que a água falte nas torneiras das casas.

Gás de Cozinha

O Gás de cozinha foi um dos produtos que teve o aumento mais considerável. O botijão cheio que antes custava cerca de R$ 60,00 está custando R$ 120,00 – o que indica um aumento de 50%.

Alimentação

Alguns supermercados estão com o estoque quase vazio de mantimentos. Isso porque, além da falta de abastecimento, algumas pessoas compraram produtos a mais para armazenar em casa, fazendo com que outros fiquem sem. Assim, alguns supermercados da cidade, bem como de outras localidades do país, estão tomando medidas que limitem a quantidade de cada produto a ser levado por pessoa.

Transporte

A falta de abastecimento de combustível afeta também o transporte coletivo da cidade. Os ônibus estão rodando com uma frota bem menor, cerca de 30% afim de economizar o estoque de diesel nas empresas.

Além disso, sabendo desta situação e também enfrentando situação precária de abastecimento, os mototaxistas estão cobrando preços mais caros nas corridas, estima-se que de R$ 2 a R$ 3 a mais no valor total por corrida.

PRÓS X CONTRAS

Muitas são as pessoas que estão sofrendo com a falta de abastecimento e que, por isso, se posicionam contra a greve. Há também, os que são contra e que mesmo assim se aproveitam da situação para lucrar de alguma forma.

Em contrapartida, em meio ao caos instalado pelo medo da falta de suprimentos, as pessoas tem se mostrado empáticas com a situação, pois o combustível em especial, é um agravante que atinge não só a categoria dos caminhoneiros como todos trabalhadores que sofrem com os aumentos consecutivos no preço não só do óleo diesel como também dos outros combustíveis mais usados, como é o caso da gasolina.

Não há estimativa de quando a situação irá normalizar, o que sabemos é que este é um momento em que a população deveria se unir e se ajudar em prol do bem de todos, mas em vez disso, uns se aproveitam e alguns outros espalham o caos. O importante no momento é que cada um se solidarize com quem está precisando e faça sua parte.

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