Todos os anos milhares de jovens e crianças são abusados sexualmente no Brasil. Infelizmente essa é uma realidade muito presente ainda no país. Segundo o Disque 100, serviço de atendimento telefônico gratuito para denúncias de violações de Direitos Humanos, só em 2016 foram registrados mais de 15 mil casos e, em 2017, foram 9.138 casos . EM contrapartida, muitos são os órgãos e entidades que lutam pelo fim dessas atrocidades por meio de campanhas e buscando possíveis agressores. Hoje, dia 18 de Maio é o dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual, um dia para lembrar que devemos lutar pela causa durante todos os dias do ano.
A campanha é realizada todos os anos nesta mesma data pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e ECPAT Brasil, em parceria com a SNDCA, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Polícia Rodoviária Federal e ChildHood.
18 de Maio foi escolhida como data chave para as mobilizações, pois faz alusão à mesma data de 1973 onde um crime bárbaro chocou todo o país e o mundo. O “Caso Araceli” como ficou conhecido, aconteceu na cidade de Vitória (ES). Araceli era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados por um grupo de jovens que a sequestrou. Desde então, o dia foi marcado como sinônimo de luta e enfrentamento à causa, para que outros jovens não sejam vítimas de quaisquer tipos de violência.
ABUSO X EXPLORAÇÃO
O abuso sexual infantil é quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto. Não envolve dinheiro ou gratificação e geralmente é imposto por força física ou manipulação, podendo acontecer dentro do ambiente familiar ou não.
A exploração sexual caracteriza-se por uma relação de mercantilização na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias e pode estar relacionado a redes criminosas.
COMO IDENTIFICAR
Cada vítima apresenta a sua forma de mudança de comportamento que são os primeiro indícios de que algo pode estar errado. Os principais fatores que devem ser observados são: Mudança de comportamento (alterações de humor, extroversão agressividade, vergonha), Silêncio predominante (a vítima fica retraída e pouco falante), Proximidade Excessiva (A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas na maioria dos casos), Traumatismos físicos (hematomas pelo corpo). Outro fator, e este deve ser percebido pelas escolas, é quando a criança costuma faltar, ter uma frequência irregular na escola.
ONDE E COMO DENUNCIAR
Em caso de suspeitas ou confirmações de abuso ou exploração sexual entre em contato com o Disque Direitos Humanos – ligue 100. A ligação é gratuita para qualquer parte do Brasil. Orgãos e Instituições onde deve-se recorrer: Conselho Tutelar da cidade, CREAS/CRAS que são os Centros de Referência de Assistência Social, Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal, Delegacias Especializadas ou qualquer Delegacia mais próxima.
Não compactue com esse tipo de prática, omitir ou fingir que não viu também é uma forma de concordância. Denuncie e faça você também parte dessa campanha de luta e enfrentamento! Disque 100!
